sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Os vereadores de Taubaté dão o golpe do vigário nos taubateanos


Por: Felipe Malta.
Economista e militante político.


Os vereadores-agressores de Taubaté resolveram aplicar mais um golpe contra a população taubateana transformando o reajuste inflacionário no dobro da inflação


A matemática é exata e é uma ciência, portanto ela é uma ciência exata. Não importa se é hoje ou no tempo de Pitágoras (séc. I a.C.), mas a soma dos quadrados dos dois catetos, num triângulo retângulo, é sempre ao quadrado da hipotenusa (a²+b²=c²), em outras palavras, a soma de 1 mais 1 sempre será igual a 2 (1+1=2); e continuará sendo daqui mil anos. Por isto ela é uma ciência e é exata, com ela toda a engenharia e arquitetura das coisas se projetam com perfeição.

Todavia, já naquela época homens corruptos faziam a conta “1 + 1 = 3”. Não é culpa da matemática, mas sim do egoísmo humano atrelado aos interesses pessoais e particulares para poder tirar mais proveito contra a maioria da população. Este golpe milenar ainda é praticado largamente pelos políticos.

Em Taubaté não seria uma exceção, ao contrário, é a tática predileta deles para dar o golpe do vigário na população. Funciona assim.

Na Câmara de Taubaté os vereadores agressores votaram um aumento nos seus próprios salários. Para eles, não é aumento, mas reposição inflacionária na perda que tiveram de 2001 à 2007. Só que a inflação pelo IGP-M deste período foi de 65,53, mas eles aumentaram seus próprios salários em 69,56%, ou seja, acima da inflação.

Não é este o golpe. A arte de roubar o dinheiro da população vai muito mais além que este diferencial minúsculo.

Em 2000 o salário dos vereadores era de R$2.181,82, em 2001 eles não tiveram nenhum aumento, mas em 2002 tiveram 10% de aumento, em 2003 tiveram 9,55%, em 2004 mais 10% e em 2005 7% de aumento, isto é, no ano de 2005 o salário dos golpistas estava em R$3.094,57.

Em 2006, os ditos “representantes do povo” não tiveram aumentos porque eles queriam AUMENTAR EM 11,1% SEUS PRÓPRIOS SALÁRIOS, mas foi proibido pela Justiça. E em 2007 um aumento de 4%, resultando em R$3.218,35. Os dados percentuais foram retirados da Câmara, aí é só fazer continhas e se chega a idéia do golpe.

Com o último aumento de 69,56%, o salário dos golpistas foram para R$5.457,03. Nisto que se encontra o golpe, entenda por que:
O atual salário (R$5.457,03) menos o valor de 2001 (R$2.181,82) dividido pelo salário de 2001 (R$2.181,82), multiplicado por 100, obtém, em percentual, o aumento do atual salário dos vereadores agressores; o resultado é 150,11%.

Alguém irá dizer: “Eles disseram que o aumento era de 69,5% de perda inflacionária, a qual foi explicada no texto que a inflação do período era de 65,53% do tal IGPM e agora vem dizer que é 150,11% o aumento? Que matemática é esta?” É a matemática dos pilantras que a população votou. Não culpa a matemática, mas sim os golpistas que querem roubar a população.

Não há segredo. Os dados são impossíveis de serem contestados, já o golpe é facilmente desmascarado.

No final de toda manobra eles obtiveram um aumento real de 85%, apesar deles alegarem que é “reposição inflacionária” na verdade é aumento de salário; roubam a população e agem como se nada tivesse acontecido.

Para a reposição inflacionária o salário dos vereadores passaria para R$3.611,57, isto é, se pegar este valor (3.611,57) e subtrair pelo salário de 2001 e depois dividir por este mesmo salário de 2001 terá a variação exata de 65,53%, o mesmo índice inflacionário do IGPM. Todavia, este aumento “justo”, referente à inflação do período, seria de 12,22% e não os 69,56%, mas “justo” até certo ponto, porque a maioria da população brasileira vive de salário-mínimo de fome; Ao invés deles lutarem por melhores condições a si próprio, já que possuem conta celular paga, conta combustível paga, conta gravata paga, conta paletó paga etc. deveriam é lutar por aumento dos trabalhadores.

Só para ter uma comparação, em 2001 o salário mínimo de fome era de R$180,00 e em 2008, aprovado recentemente, o salário é de R$412,42; um aumento de 129,12%, mas as próprias entidades mostram que o salário mínimo ao trabalhador deveria ser mais de R$1.500,00, ou seja, a população ganha 3 vezes menos o recomendado para sobreviver e os vereadores ganharão mais de 3 vezes acima deste valor; além deste golpe, eles agridem munícipes, impõem a censura e muito mais...

Estão novamente dão o golpe na população e roubando o nosso dinheiro. Alegam que o salário deles é o mais baixo dos vereadores da região, mas não falam que o salário do brasileiro é um dos MAIS BAIXOS DO MUNDO.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Editorial: Valores em ruínas


Por Luciana Gianesini

A problemática da violência sexual contra a mulher não é recente. Desde os mais remotos relatos históricos, os próprios valores culturais dão conta de relegar a mulher a uma condição social inferior a do homem. Agravada pelo ‘instinto’ e pela notória superioridade da força física masculina em relação ao sexo oposto, a ação violenta encontra, freqüentemente, barreiras à sua identificação precoce, prevenção e combate.
Em um país como o Brasil, tão ricamente povoado, com sua miscigenação racial e cultural, caracterizado no exterior como um país receptivo, livre de preconceitos e tabus, chega a ser difícil acreditar que os índices de violência sexual, especialmente contra a mulher, sejam tão altos. Mas o mais difícil é crer nas principais causas do problema.
Engana-se quem pensa que os estupros e demais casos de atentado violento ao pudor (penetração anal, toque e outras ações de conotação sexual não-consentidas) ocorrem predominantemente em locais ermos e entre pessoas de classe baixa. Dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) revelam que grande parte das ocorrências se dá no próprio ambiente doméstico das vítimas, independente da sua condição sócio-econômica. Outro dado assustador mostra a elevada incidência de atos violentos entre pais e filhas ou entre casais com laços familiares já fortemente estabelecidos.
Afinal, o que leva uma pessoa a cometer tal barbaridade? De que forma a violência sexual atua na mente humana, de modo que um crime se torne tão comum a ponto de ser justificado freqüentemente como ‘um descontrole do instinto masculino e da força física’? Não é raro encontrar associado a estes crimes o abuso do álcool e drogas, o que poderia tocar ainda em outra ferida aberta na sociedade atual. Contudo, a crise econômica apresenta-se como outro pilar da questão, aliada ao desemprego e à educação deficiente, em especial. O homem, numa condição de fragilidade no exercício de seu papel social de ‘chefe de família’, comumente é levado a agir com violência numa tentativa de reafirmar-se como tal.
Entretanto, identificado o problema e suas principais causas, cabe aqui uma reflexão acerca das soluções. Seria interessante uma atuação em duas frentes: uma de combate e repressão à violência em si, e outra no que se refere a ações preventivas e proposição de alternativas para escapar de condições sociais potencialmente arriscadas. Cobrar um ‘abrir de olhos’ por parte das autoridades, tanto no sentido de ir de encontro à questão da violência sexual propriamente dita, reforçando a segurança pública e não dando margem à impunidade, quanto no oferecimento de melhores condições de vida, maior geração de empregos e investimentos em educação constituiriam um bom começo. O que nos serve de consolo é a crença em que caminhar na contramão de valores distorcidos pelo seu próprio afrouxamento pode ser difícil, mas não deixa de ser possível.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Corporativo pelo bem próprio.


Não é culpa do cartão, nem da teoria. É do ser humano mesmo.Para uma imensa, chocante, desavergonhada parte dos portadores dos citados cartões, eles representam a oficialização da corrupção.Outro dia, ouvindo uma palestra em áudio, passei por um aposto que explicava a palavra corrupção: é quando partes do sistema passam a operar por si. É isso.Acaba a parte 'corporativa' do cartão, o corpo.
O corpo como um todo, o grupo que deveria servir ao estado, passa a operar na base do salve-se-quem-puder.Cada um pega seu cartão e saca tudo o que pode, gasta o que bem entende. É o fim do organismo.Em termos fisiológicos é como se cada órgão do seu corpo resolvesse atuar por vontade própria, sem obedecer ao projeto do todo.Aqui, como no velho oeste, ganha mais quem sacar melhor, mais, primeiro.Dá vergonha, dá raiva, dá medo. Mas, pelo menos, podemos acompanhar quase tudo pelo portal da transparência.Ok isso está em ãmbito nacional, mas e aqui na nossa cidade? Já vivemos sobre o benefício (?) da dúvida.
Nos estados, nas prefeituras, nem isso a gente pode saber.A resposta?Não é reproduzir o erro, mas combatê-lo.
Carol.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Coluna: A Voz do além comenta sobre a "democracia"




O título dessa postagem faz analogia a uma das manifestações artísticas contra a censura, mais poéticas e tocantes que já tivemos notícia. Foi concebida nos anos de ferro da odiosa ditadura militar brasileira (1964 - 1985). De lá pra cá vieram as diretas já, abertura democrática, promessa de que a Constituição Federal (mesmo sendo burguesa) garantiria ao povo, no mínimo, liberdade de expressão. Em tese tudo muito bonito, mas na prática isso nunca chegou de fato a acontecer. O que se viu foi repressão a quem tentou exercer esse direito, se não fala a favor de quem domina, então "calem a boca dele". Os casos a serem citados são inúmeros, mas pegarei só os mais recentes:*Estudantes que protestavam e até os que simplesmente panfletavam dentro de unidades da UNESP que foram ameaçados de expulsão (e outros que efetivamente foram expulsos);* Na UNICAMP, estudantes indiciados e condenados por militar no movimento estudantil;* O caso da ocupação da reitoria da USP, o governador Serra incentivou punições e a reitora as endossou;* O caso dos metroviários demitidos após uma greve;* O candidato do PCO á presidência da república, Rui Costa Pimenta, que teve sua campanha impugnada e seus votos até hoje não divulgados pelo TSE, numa clara demonstração de boicote e perseguição política;Tudo isso é absurdamente inconstitucional? Sem dúvida, mas não se enganem, senhoras e senhores, o regime burguês nunca é tão podre que não possa feder mais, quando pensamos que não podem cometer nada mais absurdo, eis o caso da câmara de vereadores de Taubaté - SP: No dia 14 de agosto estudantes da cidade fizeram um protesto na câmara, onde um dos manifestantes foi AGREDIDO POR UM DOS VEREADORES! Isso mesmo, pasmem, mas reservem um pouco porque vem mais por aí. Existe uma tribuna livre que é concedida á comunidade para que se manifestem, 5 minutos, em média, até aí nada de extraordinário, acredito que isso seja comum em muitas câmaras, se não todas. Pois muito bem, indignado com isso e com tendencionismo escancarado da imprensa local (outra coisa nada democrática, já que informa da maneira que interessa aos donos dos veículos) que CONDENAVAM OS MANIFESTANTES (isso mesmo), o militante político Felipe Malta, imbuído dos seus direitos de cidadão taubateano e brasileiro, foi tentar exercer sua liberdade de expressão opinando sobre o ocorrido, manifestando sua forma de pensar, como na teoria nossa "soberaníssima" constituição nos garantem. E adivinham o que aconteceu? Ele também foi interrompido e AGREDIDO VERBAL E FISICAMENTE PELO VEREADOR HENRIQUE NUNES. Isto é ou não é uma aberração? Qualquer tipo de coação, de repressão é revoltante e inadmissível, ESSA QUE CITEI AGORA NÃO É MAIS OU MENOS GRAVE QUE AS CITADAS ANTERIORMENTE, no entanto, quando parte de sujeitos eleitos E PAGOS (é bom lembrar) por nós e tudo acontece de forma tão efetivamente selvagem, não dá a impressão que tudo descambou? Que esses BANDIDOS de terno, já não fazem questão nem de dissimular mais? Enoja-me!A vocês também? Pois preparem - se que ainda não acabou. Agora os "ilustríssimos" pilantras com mandato, querer se aproveitar do ocorrido pra instituir a censura nas intervenções da população na tribuna, dá pra acreditar numa coisa dessas? Seria cômico se não fosse repulsivo. Eles agridem manifestantes, agridem quem não aceita isso passivamente e ainda querem que esse absurdo sirva de justificativa pra controlar quem fala e o que fala num espaço justamente pra que? LIBERDADE DE EXPRESSÃO!Não dá pra ficar indiferente diante de uma monstruosidade assim! Foi lá em Taubaté? Diz respeito aos taubateanos? Redondo engano, chega de bairrismo, diz respeito a todos nós, os dois moços agredidos lá representam nosso direito sendo literalmente esbofeteado, é uma bofetada no nosso rosto, uma afronta direta, já que damos poderes a esses criminosos (inclua-se aqui, vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores e presidentes), através de eleições "democráticas" e essa é a democracia que eles praticam.Não existe, nem nunca existiu nesse regime, democracia no real sentido da palavra. Pois é, meus caros, estamos em plena ditadura dos colarinhos brancos.
O que mais precisará acontecer pra que a farsa caia definitivamente por terra?
texto: Manu (a Pata Colunista)
foto: agressão a Felipe Malta na Câmara de Taubaté
Fonte foto: Jornal Contato / tratamento da foto: Fábio França

domingo, 3 de fevereiro de 2008


A comunidade ainda está novinha, esperando por sugestões/ doações de fotos e contribuição de comentários e assuntos novos dos leitores!
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As condições de trabalho dos funcionários do DSU de Taubaté

Direitos trabalhistas?

Certamente um fato que caracteriza um explícito desrespeito à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e que infelizmente acaba passando despercebido diante da pressa imposta pelo cotidiano, são as precárias condições às quais os trabalhadores braçais da prefeitura de Taubaté são expostos. Realizando trabalhos que muitas vezes implicam em risco de acidentes para os próprios operários, e por temerem represálias no caso de reclamações, eles ficam obrigados a realizar suas tarefas mesmo sem os itens de segurança obrigatórios.
É comum ver pelos bairros da cidade, trabalhadores da prefeitura realizando atividades que os coloca em risco, sem nenhum tipo de aparelho de segurança ou com apenas parte dos itens de proteção.
De acordo com um dos trabalhadores do DSU (Departamento de Serviços Urbanos), eles são obrigados à trabalhar conforme as possibilidades do Departamento (e não de acordo com as leis trabalhistas), e durante o transporte (realizado por um caminhão que amontoa os trabalhadores como em um dos populares "Pau-de-arara") até o local de obras, contam apenas com uma cobertura de plástico na parte traseira do caminhão e uma barra de ferro para se apoiarem. Em relação aos garis, o risco de se machucarem com algum pedaço de vidro/ objeto cortante é constante, afinal, é só observar a coleta de lixo em Taubaté para constatar este fato, já que boa parte dos garis não usam luvas e quando as usam estão em péssimo estado(é claro que técnicamente todos estes trabalhadores estão sob condições adequadas para realizarem o trabalho, mas é só sair na rua para ver qual a real situação das condições sob as quais eles trabalham...).
Esse caso apenas ilustra (e contribiu negativamente com) o panorama do país: o não-cumprimento dos direitos dos trabalhadores coloca o Brasil em 1º lugar no ranking de processos trabalhistas. São 2 milhões de processos ao ano contra 75 mil dos E.U.A., 70 mil da França, e 2,5 mil do Japão (fonte: G1), o que demonstra que a falta do cumprimento das normas trabalhistas é, infelizmente, uma constante no país.
Com o crescimento do volume de obras realizadas pelo DSU, já no início deste ano, é necessário considerar outro fator como um dos motivos para que o serviço seja feito às pressas: O fator "ano eleitoral".
É comum que em períodos eleitorais sejam feitas tentativas de se fazer em alguns meses o que não foi feito em praticamente um mandato inteiro (já que na cartilha do populismo um bom governo se mede pelo número de construções feitas, por mais que estas nunca venham à ser utilizadas e mesmo que isso signifique expor os trabalhadores a condições inadequadas de trabalho). Mas essa é uma manobra conhecida, que já vem de outros mandatos e de outros carnavais.

Entrevista: Douglas dos Santos Vieira
Texto: Fábio França

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O PUNHO - OPONHA!

O punho fechado ao alto representa libertação, estamos livres de todo e qualquer impecilho para criarmos algo que não seja de interesse a ninguém, apenas ao todo, que é a comunidade taubatena.É a isso que o punho se destina: discutir os problemas e sugerir possíveis soluções para nossa Taubaté.Um organismo vivo que será alimentado por idéias, movimentado por gente que só quer respostas sobre os mandos e desmandos de nossa política.Porque acreditamos que, se começarmos a cuidar de nossa cidade,já será um longo caminho percorrido para a limpeza de nosso país.